Barulho na suspensão: quais as principais causas em seminovos

Ao comprar um carro seminovo, um motorista geralmente busca uma boa relação entre preço e qualidade. Afinal, esses veículos já passaram pela maior parte da desvalorização inicial e podem oferecer excelente custo-benefício para o comprador.

Porém, é comum que com o uso, alguns componentes apresentem sinais de desgaste, e entre elas está a suspensão, um dos principais conjuntos de um carro. Um dos sintomas mais relatados é o barulho na suspensão, que pode variar de um simples incômodo a um problema grave que compromete a segurança.

Esse tipo de ruído é, em muitas vezes, o primeiro aviso de que algo não vai bem no sistema responsável por absorver impactos e manter a estabilidade do carro. Em seminovos, os barulhos podem ser resultado de desgaste natural, mas também podem revelar que o veículo foi submetido a condições severas de uso. 

Por isso, identificar as causas e agir rápido é essencial para evitar reparos caros e acidentes. Neste artigo, vamos abordar mais sobre o tema.

Por que ouvir barulhos na suspensão é preocupante

O sistema de suspensão tem a função de manter o carro estável, absorver irregularidades do solo e garantir que os pneus permaneçam em contato com o chão. Quando há barulho na suspensão, significa que uma peça não está funcionando adequadamente, o que pode afetar diretamente a dirigibilidade.

Esse tipo de falha compromete não apenas o conforto ao dirigir, mas também a segurança. Um carro com suspensão ruidosa pode apresentar instabilidade em curvas, maior distância de frenagem e até perda de tração. Além disso, problemas não corrigidos podem levar ao desgaste irregular dos pneus, aumentando os custos de manutenção.

Em seminovos, essa preocupação é ainda maior, já que muitas vezes o histórico de manutenção não é totalmente conhecido. Dependendo do cuidado do antigo proprietário, a suspensão pode estar em boas condições ou já bastante comprometida. 

Por isso, qualquer ruído deve ser tratado como um sinal de alerta e investigado o quanto antes para evitar a escalada do problema.

Principais causas de ruídos na suspensão

A suspensão é formada por diversos componentes que trabalham em conjunto. Qualquer falha em uma dessas peças pode gerar barulhos característicos, ajudando o motorista a identificar o problema. As causas mais comuns estão ligadas ao desgaste natural de elementos de borracha, à perda de eficiência de amortecedores ou a folgas em peças metálicas.

Desgaste de buchas e amortecedores

As buchas são feitas de borracha e ficam localizadas em pontos estratégicos da suspensão, como bandejas e braços oscilantes. Sua função é reduzir o atrito entre peças metálicas e absorver vibrações. Com o tempo, elas ressecam e se desgastam, produzindo estalos e rangidos perceptíveis ao passar por buracos ou lombadas.

Os amortecedores, por sua vez, têm papel fundamental no controle da estabilidade. Quando perdem eficiência, o carro passa a bater de forma seca, transmitindo os impactos diretamente para a carroceria. Um sintoma comum de amortecedor danificado é o vazamento de óleo deste componente, acompanhado de barulhos em pisos irregulares.

Além dos ruídos, amortecedores ruins comprometem a frenagem e aumentam o desgaste dos pneus. Em seminovos, esse problema é frequente, pois muitos proprietários só percebem a necessidade de troca quando os sinais estão bem evidentes.

Problemas nos pivôs e nas molas

Os pivôs, também conhecidos como juntas esféricas, conectam a suspensão às rodas, permitindo os movimentos necessários para esterçar o carro. Quando apresentam folgas, surgem estalos metálicos em curvas e manobras mais fechadas. 

Esse é um problema sério, já que um pivô rompido pode fazer a roda se soltar, colocando em risco a segurança do motorista.

As molas, responsáveis por absorver impactos maiores, também são fonte de barulho quando quebradas ou muito desgastadas. Elas podem provocar batidas secas e reduzir a altura do carro em relação ao solo, o que causa instabilidade e aumenta a chance de raspar a parte inferior em valetas e lombadas.

Nos dois casos, os sintomas podem ser percebidos pelo motorista em situações do dia a dia, como dificuldade de manter o carro alinhado ou barulhos metálicos constantes em ruas de paralelepípedo ou ao passar por regiões com terreno irregular e buracos.

Como prolongar a vida útil da suspensão

Embora o desgaste seja inevitável, existem práticas que ajudam a aumentar a durabilidade da suspensão e a reduzir a chance de ouvir o indesejado barulho da suspensão. A manutenção preventiva é o melhor caminho, já que muitos problemas começam de forma silenciosa e só se tornam graves quando já há danos em várias peças.

Entre os cuidados mais importantes estão:

• Reduzir a velocidade em buracos e lombadas: impactos fortes são os maiores inimigos da suspensão.

• Realizar alinhamento e balanceamento periódicos: a cada 10 mil quilômetros, ou sempre que o carro puxar para um lado, esse serviço ajuda a preservar pneus e peças da suspensão.

• Verificar a calibragem dos pneus: rodar com pressão incorreta aumenta o esforço sobre molas e amortecedores.

• Inspecionar visualmente buchas e amortecedores: trincas na borracha ou sinais de óleo escorrendo já indicam necessidade de troca.

• Evitar excesso de carga: transportar peso além do limite acelera o desgaste das molas e dos batentes.

Outro ponto importante é sempre revisar a suspensão após viagens longas em estradas de terra ou mal conservadas. Nessas condições, as peças sofrem desgaste acentuado e podem apresentar ruídos antes do esperado.

Conclusão

O barulho na suspensão em seminovos nunca deve ser ignorado. Embora muitas vezes seja resultado de desgaste natural de peças como buchas e amortecedores, também pode revelar falhas graves componentes vitais da direção que comprometem diretamente a segurança.

Cuidar da suspensão é cuidar da estabilidade do carro e da tranquilidade ao dirigir. Investir em manutenção preventiva, ficar atento aos sinais e corrigir problemas rapidamente é a melhor forma de garantir conforto e segurança ao rodar.

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